segunda-feira, 25 de junho de 2012

Polícia Civil precisa prender 3 mil pessoas, todos os mandados estão em aberto


José Edsondelegado geral da PC

A Polícia Civil alagoana deu início a uma operação que tem como meta o cumprimento de 3 mil mandados de prisão; apenas 3 mil pessoas precisam ser presas. Os mandados já começaram a ser cumpridos na última semana com a ajuda da Força Nacional, segundo o delegado geral da PC, José Edson de Freitas.

De acordo com assessoria de comunicação da PC, os mandados foram expedidos por diversas varas da Justiça alagoana. “Desencadeamos a Operação Mandado justamente por conta da quantidade de mandados de prisão que ainda não foram cumpridos em Alagoas. As prisões vão acontecer gradativamente”, explicou.

No primeiro momento, serão cumpridos mandados de prisão na capital e depois as ações irão se estender pelo interior do estado.

José Edson disse, ainda, que o andamento da operação depende também da capacidade do sistema prisional para comportar as pessoas que serão presas. “Não posso prender três mil de uma só vez. Não há estrutura para essa quantidade de presos. É um problema sistemático, mas vamos agir de acordo com as possibilidades”, afirmou o delegado.

Só os políticos bandidos, principais responsáveis por essa violência em Alagoas que, não ficam presos e não devolvem o que roubam. Dizem que a política e a justiça alagoana são quase uma família, não acredito! E haja presídio para colocar tanta porcaria! 

Sete acusados são presos por tráfico, dos 23 mandados 14 não foram cumpridos


Um trabalho de investigação que durou dois meses resultou na prisão de sete pessoas, na manhã de segunda-feira (25/junho/2012), no bairro da Jatiúca. A operação desencadeada por homens da Polícia Civil e da Força Nacional levou o nome do bairro e desmantelou uma suposta quadrilha que, entre outros crimes é acusada em falsificação de dinheiro.

Ao todo foram 21 mandados de prisão, busca e apreensão expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital. Os cerca de 60 policiais envolvidos na operação, ganharam as ruas logo cedo e prenderam sete pessoas, ainda nas primeiras horas da manhã. Ronaldo Bandeira da Silva Júnior, o Chininha, de 21 anos e Janderson Freitas Acioly, de 19 anos são apontados como líderes do bando.

Os outros são Denis Altino Barros de Melo, 35 anos; Lucas Henrique Quirino dos Santos, de 18; João Victor da Silva Oliveira, de 19; Anderson Altino Barros Acioly, de 28; Charles de Souza Bandeira, de 22. Todos foram presos suas casas, no bairro da Jatiúca.

Segundo a polícia, foi apreendida uma quantidade ainda não contabilizada de dinheiro falso, dois carros, duas motos, aparelhos eletrônicos, joias, notebooks, celulares, crack e cocaína.

Os presos foram encaminhados para a sede do Deic e seguirão para a Casa de Custódia da Polícia Civil, onde se juntam a outros dois acusados de pertencerem ao bando: Igor  Raposo Teles, de 18 anos e Valter da Silva Oliveira, de 19, ambos presos em maio.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Defensoria Pública entra na justiça contra Gabinetes Militares


Os defensores Ricardo Melro e Carlos Henrique Cox ingressaram na Justiça com uma Ação Civil Pública, na segunda-feira (18/junho/2012), pedindo a anulação de todos os atos administrativos que desviaram de função 433 militares da PM, hoje integrando assessorias e gabinetes nos três poderes. Pedem, os defensores, que seja concedida liminar, estabelecendo um prazo máximo de 90 dias para que a decisão seja cumprida. 
Por quê? Afirmam Melro e Cox que o artigo da Constituição Estadual que permite este deboche para com a população ameaçada e apavorada fere a Constituição Federal. Mais ainda: lembra a Ação Civil Pública que Alagoas é o estado mais violento do país e não pode se dar ao luxo de desviar de função aqueles que têm por obrigação proteger a todos – e não apenas alguns. E em muitos casos servem somente de enfeite às instituições onde estão lotados.
O texto elaborado pelos defensores públicos traz, também, uma proposta: ao governador e ao chefe do Ministério Público Estadual, para que eles adiram ao polo ativo da Ação. Ou seja, não apenas anunciem que apoiam a iniciativa, mas que formalizem este apoio. A volta dos militares aos quartéis, e consequentemente para as ruas, está longe de resolver o problema da sensação de insegurança, mas deixar do que jeito que está é desconhecer e desdenhar da realidade vivida pelos alagoanos.
Como dizem os autores da Ação: “Agora é a vez do Judiciário agir.”
Fonte: Blog do Ricardo Mota

Vereadores de Alagoas defendem projeto de foro privilegiado


Na manhã de hoje, dia 19, os vereadores de Maceió - em assembleia organizada pela União dos Vereadores do Estado de Alagoas (UVEAL) - vão decidir se darão ou não continuidade ao projeto de lei - uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que pode ser apresentada na Casa de Tavares Bastos pelo deputado estadual Ricardo Nezinho (PMDB) - que versa sobre o foro privilegiado para a categoria.
Caso a ideia seja levada adiante, os edis alagoanos podem ganhar o direito de serem apenas julgados pelo Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas e não mais em primeira instância como ocorre atualmente. A discussão se dá desde o final do ano passado, mas foi acelerada depois da prisão dos vereadores acusados de improbidade administrativa, como ocorrido com a Câmara Municipal de Rio Largo.
O assunto ainda divide os próprios edis. Se de um lado há o benefício do processo - em muitos casos na área criminal - ir para o colegiado; do outro lado, caso sofra uma condenação, o vereador já cai na Lei Ficha Limpa e fica impedido de reeleição. Isto sem contar naqueles edis que observam o foro privilegiado como algo que vai de encontro ao que se espera da classe política: o fim de todo e qualquer tipo de privilégio.
Esta posição, por exemplo, é levantada pelo presidente da Câmara Municipal de Maceió, vereador Galba Novaes (PRB), que se posicionou - em tribuna - contrário ao presidente da UVEAL, vereador Hugo Wanderley (PMDB/Cacimbinhas). A reunião que decide o rumo do projeto está prevista para a manhã de hoje e ocorre na sede da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), no bairro do Farol.  

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Pilar: Políticos e empresários estariam envolvidos na morte de Policial



O trabalho de investigação sobre o crime organizado e o tráfico de drogas pode ter sido o motivo do assassinato do cabo da Polícia Militar de Alagoas Paulo Sérgio dos Santos Oliveira, morto a tiros na madrugada do dia 04/junho/2012 numa emboscada no posto de combustíveis onde trabalhava como segurança, em Chã do Pilar, região metropolitana de Maceió. A vítima teria descoberto o envolvimento de policiais, políticos e empresários da região no mundo do crime.
Paulo Sérgio era policial há 20 anos e lotado na 4ª Companhia Independente de Atalaia, mas há oito meses não usava a farda. Ele havia sido promovido para o departamento de inteligência da corporação e se dedicava exclusivamente à investigação do crime organizado em Pilar. Desde então, o militar vinha sendo alvo de diversas ameaças de morte e por isso a família, que agora com medo vive em São Paulo, acredita que o crime tenha sido uma queima de arquivo.
A denúncia sobre o motivo do homicídio, formalizada por um dos irmãos da vítima, José Carlos dos Santos Oliveira, foi encaminhada ao Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), do Ministério Público, e à Ouvidoria-Geral do Ministério da Justiça, que se comprometeram em dar celeridade nas investigações. No documento, os parentes citam nomes de supostos envolvidos no assassinato.
“Meu irmão tinha contato direto com a Força Nacional e com o trabalho de investigação descobria pontos de tráfico, aonde a polícia ia em seguida fazer as apreensões. Isso começou a pesar contra ele, porque as pessoas queriam matá-lo. Eu pedi para ele deixar essa função, mas ele não queria e dizia que tinha nomes de políticos, empresários e até policiais que participavam do mundo do crime organizado e tenho a certeza de que foi por este motivo que mandaram executar meu irmão”, desabafou José Carlos.
Por conta das novas funções dentro da corporação, Paulo Sérgio precisou adotar algumas medidas de segurança em sua residência, dentre elas a blindagem.
Troca de plantão e a morte
Um dos fatos que causa estranheza para o irmão é que Paulo Sérgio não deveria estar trabalhando naquele dia. Segundo ele, o militar recebeu uma ligação de outro policial (que também fazia bico como segurança no posto) pedindo que fosse para o serviço em seu lugar. O cabo foi trabalhar por volta das 19h e por volta de 1h da madrugada recebeu um telefonema.
“Segundo minha cunhada, esse policial ligou para meu irmão que irmão estava deitado e tinha o costume de tirar o colete a prova de bala e os pentes da pistola (uma glock .40). Quando os assassinos chegaram, pediram água para o radiador do carro e foi neste momento que meu irmão foi atingido por disparos efetuados por um dos criminosos”, afirma José Carlos.
Toda a sistemática do crime pode ser constatada pelas imagens de seis câmeras de segurança instaladas no posto de combustíveis e que já estão em posse da Polícia Civil. No vídeo é possível ver a dupla chegando ao local e, segundo uma análise do parente, Paulo Sérgio os parece os reconhecê-los. Sem iluminação, o policial utiliza sua pistola que possui uma lanterna acoplada e inesperadamente é atingido pelos disparos efetuados por um dos assassinos.
A vítima ainda consegue atirar contra a dupla que foge. Um deles é atingido e Paulo Sérgio ferido fica caído no chão. Instantes depois, uma viatura da polícia chega ao local, mas é tarde e a vítima já está em óbito. Até o momento, ninguém foi preso e as investigações sobre o crime prosseguem na delegacia do Pilar.
Falhas na perícia e desconfiança da mulher do militar
No dia do assassinado, apenas a pistola da vítima foi recolhida por peritos, o que a família considera uma falha. Os dois aparelhos celulares de Paulo Sérgio não foram apreendidos para quebra de sigilo telefônico e seguem com a esposa do militar assassinado, identificada como Flaviana Acioli Oliveira. Mas o foco da família seria outro equipamento, que pode ser a chave para a solução do crime.
“Um computador que era utilizado para trabalho pelo meu irmão deveria ter sido recolhido pela polícia, isto porque nele constavam diversas fotos e dados de bandidos de alta periculosidade e pessoas que eram alvo de investigação. O equipamento estava na casa dele e minha cunhada apagou todas as informações que estavam nele. O computador deveria ter sido apreendido pela perícia, mas isso não aconteceu”, relata José Carlos.
Para a família, Flaviana Acioli deve ser investigada. Isto porque, parentes do militar afirmam que ele o traía e que ambos não mantinham um bom relacionamento matrimonial. “Ele me contou que já não viviam bem. Visitei meu irmão em abril deste ano e escutei ela dizer que ‘em junho se livrava dele’. Não sei o que quis dizer com isso, mas tenho certeza que ela sabia o que estava para acontecer com ele”, denunciou o parente, afirmando que a cunhada tem depoimento agendado com Gecoc.
Família ameaçada no enterro volta para São Paulo
A despedida do irmão assassinado traz outros traumas aos parentes. Vindos de São Paulo, local onde residem há algum tempo devido à onda de violência em Alagoas, para o enterro, os familiares não puderam ficar muito tempo na sua terra natal, Pilar. Isto porque, ao desembarcarem no município foram ameaçados e praticamente ‘expulsos’.
“No dia do enterro, esse policial que também trabalhava como segurança no posto chegou para nós disse que já havia alertado meu irmão que o trabalho que vinha realizando era muito perigoso, que estava mexendo com gente poderosa e com isso arrumaria muitos inimigos. E foi isso que aconteceu. Fomos embora de Alagoas e não voltaremos mais nunca”, disse.
O medo agora é que o pai da vítima seja alvo da quadrilha de criminosos que age no Pilar. Ele ainda reside no município.
Nota de esclarecimento do IC

A Direção do Instituto de Criminalística em relação à matéria publicada na manhã de hoje, 18, no portal de conteúdo noticioso Cadaminuto, intitulada “Policial morto no Pilar investigava políticos e empresários, diz parente”, precisamente no intertítulo: “Falhas na perícia e desconfiança da mulher do militar”, esclarece que:
Diferentemente do que afirmou a família na frase: “Os dois aparelhos celulares de Paulo Sérgio não foram apreendidos para quebra de sigilo telefônico”, a apreensão e encaminhamento de aparelhos telefônicos celulares para serem periciados competem à autoridade policial, que os envia ao Instituto de Criminalística juntamente com a autorização judicial para quebra de sigilo telefônico e posterior exame pericial.
Que em relação à afirmação do irmão da vítima José Carlos, o qual relata na entrevista que “O computador deveria ter sido apreendido pela perícia, mas isso não aconteceu”, esclarecemos que a equipe do Instituto de Criminalística realizou a pericia no local do crime e que objetos que não estão com a vítima nesse local devem também ser encaminhados para a perícia pela autoridade policial juntamente com a autorização para a quebra de sigilo de dados. Pois como, o próprio irmão afirmou na entrevista, o computador não se encontrava na cena do crime, e sim na residência da vítima.
Por fim, esclarecemos que não houve falha na perícia de local de crime e que a atual direção do Instituto de Criminalística, trabalha buscando sempre o melhor desempenho de suas equipes na prestação de serviços realizados a sociedade Alagoana.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Ex-prefeito Nivaldo Jatobá é indiciado por trabalho escravo


O ex-prefeito de São Miguel dos Campos, Nivaldo Jatobá, foi indiciado pela Polícia Federal na quarta-feira (30/maio/2012), em um inquérito policial de dois volumes e com cerca de 500 páginas. Nivaldo Jatobá é acusado de praticar crimes de redução de pessoa à condição análoga de escravo e frustração de direitos trabalhistas.


As irregularidades foram detectadas em maio de 2011, durante uma fiscalização do Ministério do Trabalho na fazenda Gunga, localizada próximo à praia do Gunga, na cidade de Roteiro, e de propriedade de Nivaldo Jatobá. Segundo a PF, cerca de 50 trabalhadores que faziam a colheita do coco foram submetidos à condição análoga de escravo.

A situação foi confirmada por auditores fiscais do Ministério do Trabalho. Além de Nivaldo Jatobá, foi indiciado pela Polícia Federal o responsável pela colheita do coco, José Pedro Ferreira. Ele foi identificado como o aliciador dos trabalhadores.

O inquérito policial será encaminhado ao Ministério Público Federal para que a denúncia contra os dois indiciados seja apresentada.

Trabalhadores recebiam R$ 0,70 por coqueiro

A operação deflagrada no dia 4 de maio de 2011 pelo Ministério do Trabalho, Procuradoria Regional do Trabalho (PRT) e Polícia Rodoviária Federal (PRF) detectou 50 homens trabalhando em condições degradantes.

Com a função de retirar os cocos das árvores e descascá-los, cada um dos trabalhadores recebia apenas R$ 0,70 por coqueiro. Além de receber uma quantia mínima, os funcionários da fazenda trabalhavam em condições adversas. Alguns dormiam em palhas de coco espalhadas pelo local, sem qualquer tipo de estrutura de apoio, como banheiro ou cozinha.

O dono da propriedade foi notificado pela Procuradoria Regional do Trabalho. A penalidade prevista para esse tipo de crime inclui multa e até prisão.

Façam suas apostas quem acreditar que o ex-prefeito latifundiário vai ser preso, ele tinha apenas 50 escravos!


Ex-prefeito alagoano é "condenado" por usar verba pública num cabaré

Beroaldo Rufino da Silvaex-prefeito de Jundiá

Com a rapidez de um cágado e “eficiência admirável”, o pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) condenou, por unanimidade, o ex-prefeito de Jundiá, Beroaldo Rufino da Silva, a prestar serviços à comunidade por utilizar, indevidamente, em proveito próprio, o valor de R$ 1.160,00 da prefeitura em casa de shows eróticos. A decisão foi tomada durante a sessão de terça-feira (12/06/2012), treze anos após a prática do crime.
“Em realidade, analisando os autos, verifica-se que o denunciado efetuou sim despesa ilegal, em proveito próprio, com cheque da Prefeitura que administrava. Vale dizer, tratou a coisa pública como se sua fosse, efetuando gasto desprovido de finalidade pública e sem atentar aos procedimentos legais de prévio empenho e justificativa de despesa, tanto que o dito cheque foi devolvido por duas vezes por insuficiência de fundos”, citou Bandeira Rios, em sua decisão.
Não é piada, mas a prática do crime aconteceu em 10 de outubro de 1998, quando o então prefeito, utilizou um cheque com o intuito de cobrir seus gastos pessoais no estabelecimento “Amandas Night Clube Shows”, um famoso Cabaré, que ficava na Av. Assis Chateaubriand, Praia do Sobral, hoje desativado.
Para a defesa, a acusação teve objetivo político eleitoral e que o cheque havia sido pago a José Cláudio Gomes de Albuquerque, por serviços prestados ao município de Jundiá, que repassou a um amigo e este trocou com José Aloísio de Resende Filho, gerente da casa de shows. O cheque foi descontado antes da data acertada ou depositado antes do combinado, motivo que o configurou como sem fundos.
Além da prestação dos serviços à comunidade no período de 3 anos e 3 meses, também foi decretada a inabilitação do ex-prefeito, durante 05 anos, para o exercício de cargo ou função pública e sua inelegibilidade para eleições realizadas durante o período remanescente e nos oito anos subsequentes ao término do mandato para o qual foi eleito.
Pense como o judiciário alagoano é rápido e eficaz!

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Prefeito de Rio Largo é afastado do cargo pela Justiça

Toninho Lins, prefeito de Rio Largo (PSB)

A prisão do prefeito de Rio Largo, Antônio Lins de Souza Filho, é apenas uma das batalhas que ele terá que enfrentar na justiça. Isto porque na segunda-feira (11/junho/2012), o juiz Ayrton Tenório, da 2ª Vara da Comarca do município, determinou seu afastamento até que o processo que investiga uma provável improbidade administrativa envolvendo o prefeito tenha sido concluído. A decisão está publicada no Diário Eletrônico da Justiça.
A denúncia foi formalizada pelo Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), do Ministério Público Estadual, por meio do promotor José Carlos Castro, que está responsável pelo caso.
Toninho Lins está preso desde o dia 23 de maio de 2012, na Academia da Polícia Militar, no bairro do Trapiche, em Maceió. O prefeito é acusado de envolvimento em um esquema de venda ilegal de terrenos. Uma área que valeria R$ 21 milhões foi desapropriada e vendida por apenas R$ 700 mil. A Justiça também decretou a prisão preventiva de 10 vereadores de Rio Largo, sete deles foram detidos, mas dois já estão em liberdade.
No dia da prisão, membros do diretório do PSB decidiram, por unanimidade, afastar o prefeito de Rio Largo, Toninho Lins, do partido por tempo indeterminado. De acordo com a presidente do PSB em Alagoas, Kátia Born, o partido tem uma conduta ética ímpar que deve ser seguida por todos os membros.
Um dia após o prefeito-preso ter se apresentado à Justiça, novas denúncias surgem contra o gestor, quando representantes do Movimento contra a corrupção e violência no município protocolaram no MP documentos que comprovariam irregularidades desde o início da gestão do presidiário.
A contratação de uma empresa com a dispensa de licitação é o carro-chefe das denúncias. A Tavares e Souza, empresa de contabilidade, recebe R$ 45 mil mensais da prefeitura de Rio Largo para organizar a folha de pagamento dos servidores. Outra coisa curiosa é que essa mesma empresa já havia sido denunciada por Toninho Lins, quando ele era vereador. Ele procurou o Ministério Público para denunciar que a Tavares e Souza recebia R$ 7 mil na época que a prefeita era a Vânia Paiva.
Além das irregularidades na contratação da Tavares e Souza, o Movimento denunciou ainda o uso de laranjas em negociações da prefeitura, dispensa de licitação para a merenda escolas e locação de veículos fantasmas.
No dia 31 de maio, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), OG Fernandes, integrante da Sexta Turma, negou liminar em habeas corpus impetrada pelo advogado José Fragoso Cavalcanti em favor do prefeito. 

terça-feira, 5 de junho de 2012

Estrela de Alagoas: Desembargador determina ilegalidade da greve da Educação

Desembargador Washington Luis Damasceno
O desembargador Washington Luis Damasceno de Freitas, do Tribunal de Justiça de Alagoas, concedeu tutela antecipada decretando a ilegalidade do movimento grevista dos servidores da educação do município de Estrela de Alagoas. 
O desembargador também determinou o imediato retorno dos servidores às atividades de trabalho sob pena de pagamento de multa por dia de atraso ao Sindicato dos Trabalhadores de Educação do Estado de Alagoas (Sinteal) regional Palmeira dos Índios.
O Sinteal entende que é necessário pleitear melhores condições salariais alegando um reajuste do salário em 22,22%. No entanto, o desembargador destacou que a reivindicação de aumento salarial almejado pelos servidores da educação, caso fosse atendida, atentaria contra a lei das eleições, que veda a revisão geral da remuneração de servidor público 180 dias antes das eleições, o que submeteria ao prefeito de Estrela de Alagoas às sanções traçadas pela lei de improbidade administrativa.
“O movimento paredista seria ilegal, tendo em vista a ausência de esgotamento da Negociação prévia entre o Poder Público e a entidade representativa dos trabalhadores, bem como pela impossibilidade de reajuste salarial em ano eleitoral, por se tratar de conduta vedada aos agentes públicos, conforme prescrição do art. 73, da Lei.504/97 (Lei das Eleições)”.
O ação declara ainda que a greve atrasa o ano letivo e prejudica o alunado municipal. “percebo que os dias parados devem ser descontados dos servidores que tenham aderido ao movimento paredista, entendimento este aliás ratifi cado pelo Ministro Barros Monteiro, no julgamento do AgRg na SS 1.765/DF, o qual afirma que ‘o direito de greve é assegurado aos servidores públicos, porém não são ilegítimos os descontos efetuados em razão dos dias não trabalhados”, destaca o magistrado.
A decisão foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico, através do link: http://www2.tjal.jus.br/cdje/consultaSimples.do?cdVolume=4&nuDiario=706&cdCaderno=2&nuSeqpagina=61
O interessante é que, no Estado de Alagoas, nunca se viu nenhum Juiz ou Desembargador determinar que o Estado ou Municípios paguem o que devem aos trabalhadores da Educação, Saúde, Segurança Pública e Assistência Social.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Durante o final de semana, 23 pessoas foram assassinadas em Alagoas


Vinte e três pessoas foram assassinadas durante este final de semana no estado de Alagoas. Cinco vítimas de violência deram entrada no Instituto Médico Legal de Arapiraca e outras 18 no IML de Maceió desde as primeiras horas de sábado, dia 2, até a madrugada desta segunda-feira, 4.
Entre os crimes registrados neste domingo, dia 3, está o atentado que deixou uma pessoa morta e outra ferida na Grota do Andraújo, no bairro de Garça Torta. Gilson Caetano Santos Silva, 27, foi morto com três disparos de arma de fogo – sendo dois deles nas costas. Um homem identificado como Warleg Ferreira da Silva, 33, que estava junto com Gilson também foi baleado e socorrido por uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado para o HGE. Não há informações sobre os autores do crime.
No bairro do Feitosa, Claudevânio da Silva, 23 anos, foi assassinado com um tiro no peito no início da noite deste domingo, 3. O crime aconteceu na Rua São João. A vítima chegou a ser socorrida por populares ao Hospital Geral do Estado (HGE), mas faleceu a caminho da unidade hospitalar.
Um adolescente de idade e identidade não revelada pelo Centro de Operações da Defesa Social (Ciods) também foi vítima de homicídio na capital alagoana. O crime aconteceu por volta das 0h30 desta segunda, dia 4, no bairro do Trapiche da Barra, e teria sido praticado por dois homens não identificados.
Já no bairro do Jacintinho, Edvaldo Alves da Silva, 30, foi assassinado com vários disparos de arma de fogo, a maioria na cabeça. O homicídio aconteceu por volta de 1h de hoje. A polícia suspeita que o crime tenha relação com o tráfico de drogas uma vez que, segundo informações do Ciods - colhidas pelos militares no local do crime -, a vítima seria usuária de drogas e teria envolvimento com o tráfico na região.
E ainda na madrugada de hoje, a polícia registrou o assassinato do cabo da PM Paulo Sérgio de Oliveira. O militar foi executado a tiros em um posto de combustível, na cidade de Pilar, onde fazia ‘bico’ de vigilante.
Além destes crimes, o IML de Maceió registrou a entrada de José Welington da Silva Santos, 16, e Fagner Batista Guedes, 23, vítimas de um duplo homicídio em Porto Calvo. Foram ainda vítimas de violência: Urbano Gusmão Machado, 35, vítima de arma de fogo; Max Sergio Da Silva, vítima de arma branca; Wanderson Alves dos Santos, 14, morto por espancamento; Josemilto Pimentel da Costa, 56 vítima de estrangulamento; Micael Robson Silva Rocha, 22, arma de fogo; Felipe Ferreira dos Santos, 15, morto por arma de fogo; corpo não identificado vítima de arma calibre 12; Wellington Guimarães dos Santos, 23, vítima de arma de fogo; Maciel Gomes da Silva, 32, por arma de fogo; Daniel Gonçalves da Costa, 25, por arma de fogo; Manoel Anacleto da Silva, 26, vítima de arma de fogo; além de uma ossada encontrada no bairro do Tabuleiro do Martins.
Já o IML de Arapiraca registrou a entrada de cinco corpos vítimas de violência no interior do estado. Francisco Manoel Ferreira, 48, foi assassinado na noite de sábado a tiros em Piranhas; Alef Nunes Da Silva, 18, foi assassinado, também na noite de sábado, com golpes de arma branca em Palmeira dos Índios; o estudante Kelvin Helaman Santos Jung, 20, foi morto a tiros na madrugada deste domingo em Arapiraca; o agricultor Cristiano Barbosa de Almeida, 23, foi vítima de arma de fogo no Povoado Cacimbo do Gato, na zona rural de Olho D'água das Flores; e ainda o assassinato da dona de casa Márcia dos Santos Campos, 29, morta a tiros na manhã deste domingo na cidade de Anadia.

Vídeo: Téotanic e o naufrágio de Alagoas - Após morte de Médico, governador tenta justificar violência em Alagoas




Pressionado pela opinião pública, incomodado com a fortíssima repercussão pelo assassinato do médico Alfredo Vasco, o governador Teotônio Vilela Filho, que dizem que não anda rindo à toa, mobilizou todos os poderes em Alagoas na segunda-feira (28/maio/2012), dois dias após o crime.

O governador se reuniu com a cúpula das polícias e dirigentes das seguintes instituições: Ministério Público, Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas, Conselho Estadual de Segurança e OAB. 


Teotônio disse que “apesar dos esforços do Governo na área de segurança, que tinha 40 viaturas e agora tem mais de 400, da compra de mais armas, equipamentos de proteção, helicóptero, melhoria nos salários, reforma de delegacias e ampliação do sistema prisional, os resultados não estão sendo o esperado na reversão do índice de homicídios no Estado, praticamente 90% gerados pelo tráfico de drogas”.

Ou seja, o governo fez a sua parte, mas, ainda assim, a violência continua em alta. Agora essa versão interessa às autoridades. É engraçado acompanhar a dança da retórica oficial. Não foram poucas as vezes em que a tucanada acusou os “maus alagoanos” de divulgar notícias irreais sobre, por exemplo, o número de homicídios.

Em diferentes ocasiões, nos últimos anos, secretários e o próprio governador afirmaram, sem qualquer ressalva, que a violência estava caindo. Falar o contrário era interesse político, claro. Hoje é o governo que reconhece a derrota para o crime.

Rir como uma hiena. Já ouviu esta frase?.


É uma expressão muito antiga, que se usava para pessoas que riam muito. 

Na verdade, a hiena não ri coisa nenhuma, mas o som que emite faz lembrar uma gargalhada humana. 


Tanto é, que antigamente, em alguns locais onde habitavam hienas, e estas ainda não eram conhecidas, colocavam-se armadilhas para os viajantes, pois os moradores das pequenas aldeias ficavam com medo de serem assaltados, julgando que eles riam antecipadamente das maldades que iriam fazer!


A hiena oportunista, tem maxilares grandes e um cheiro bastante desagradável, pois alimenta-se de tudo que puder roer, inclusive animais mortos. Sempre teve péssima reputação. Por onde passa deixa seu nojento rastro; há quem diga que existem hienas vivendo em Alagoas...será? 

Em entrevista ao Radialista França Moura, governador tenta se justificar diante da violência no Estado:


Texto de Célio Gomes com Alagoas na Contra mão

Rio Largo: Irmão de assessora, Secretário e assessora do prefeito Toninho Lins são presos

Daniel Fernandes, secretário de Finanças de Rio Largo

O secretário de Finanças de Rio Largo, Daniel Fernandes, a assessora direta do prefeito Toninho Lins, Tereza Laranjeiras, e seu rimão, Alexandre Laranjeiras, foram presos em flagrante por agentes da Força Nacional na tarde de sexta-feira (25/maio/2012).

Todos foram acusados de esconder e dificultar o acesso dos policiais a documentos da prefeitura e da Câmara Municipal, durante a operação que cumpriu mandados de busca e apreensão expedidos pela 17ª Vara da Capital.

Daniel Fernandes e Tereza Laranjeiras foram presos no prédio da Câmara Municipal. Já Alexandre Laranjeiras foi pego saindo do prédio da Secretaria de Saúde com documentos oficiais. O secretário Daniel Fernandes negou a acusação e disse desconhecer a que documentos a polícia se refere. Tereza Laranjeiras não quis falar com a imprensa.

A operação

Equipes da Força Nacional e da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) foram deslocadas para Rio Largo no início da manhã, para cumprir mandados de busca e apreensão na sede da Prefeitura Municipal, nas Secretarias de Finanças e Obras e na Câmara Municipal. Participaram policiais civis da Seção Especial de Combate a Roubos a Bancos (Serb) da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), junto com agentes da Delegacia Geral de Polícia e da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas da Capital (DRFVC). Os policiais civis foram coordenados pela delegada titular da Serb, Maria Angelita.

Quatro mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital, a pedido do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas do Ministério Público Estadual.

A operação, desencadeada na manhã de sexta-feira (26/05/2012), dá sequência à ação deflagrada no último dia (17/maio/2012), quando 7 vereadores e um suplente de vereador de Rio Largo foram presos, durante a sessão ordinária na Câmara de Vereadores. O engenheiro Osair Tavares Silva Júnior e um diretor da Usina Utinga Leão também foram presos no dia 17.

O escritório em Maceió

A segunda – e talvez mais importante – parte da operação desta sexta-feira foi feita em Maceió. Os agentes, munidos de mandados de busca e apreensão, estiveram em um escritório, utilizado pela prefeitura de Rio Largo e localizado em um moderno edifício comercial na Av. da Paz, no Centro da capital, conhecido como Avenue Center. Ali foi dado o que é considerado o maior passo na investigação sobre o escândalo de Rio Largo.

Os policiais e o Gecoc acreditam ter encontrado provas suficientes de corrupção. Uma pasta e caixas de isopor cheias de documentos, contratos e processos de licitação foram apreendidos e levados pelos policiais para análise.

Segundo o Gecoc, Alexandre Laranjeiras não tem vínculos diretos com a prefeitura – ele presta "consultoria", segundo disse – mas tinha as chaves do escritório da Av. da Paz.
O escritório servia para reuniões de advogados e agentes públicos para legalizar procedimentos fraudulentos da prefeitura.

Licitações viciadas beneficiaram pelo menos quatro grandes empresas que já teriam sido identificadas pelo Gecoc. "O esquema do terreno foi apenas a ponta do iceberg", disse a reportagem. A investigação aponta indícios de licitações manipuladas para aquisição de merenda escolar e locação de veículos para a prefeitura e a Câmara de Vereadores.

Alexandre Laranjeiras disse à polícia que os documentos foram trazidos de Rio Largo para o escritório da Av. da Paz por determinação do secretário de Finanças, Daniel Fernandes e da secretária especial de Toninho Lins, Tereza Laranjeiras.

Alexandre também admitiu que estava portando uma licitação específica, cujo teor a Reportagem não poderia divulgar.

Daniel Fernandes, assim como Tereza Laranjeiras, não quiseram dar declarações à imprensa.
O prefeito da cidade, Toninho Lins, está preso desde terça-feira (22/maio/2012) na Academia da Polícia Militar. Ele é acusado de comandar um esquema de venda ilegal de um terreno por um valor 30 vezes menor que o real. A área, que valia R$ 21 milhões, foi desapropriada pelo prefeito por apenas R$ 700 mil e, dias depois, vendida a um grupo privado pelos mesmos R$ 700 mil.

Confira quem são os presos:


Um dos Diretores da Usina Utinga Leão


Osair Tavares Silva, Engenheiro











Tereza Laranjeiras, assessora direta do prefeito Toninho Lins


Alexandre Laranjeiras, irmão da assessora do prefeito








Médico é assassinado em bairro de classe média-alta de Maceió



O médico José Alfredo Vasco Tenório, de 67 anos foi assassinado, no início da noite de sábado (26/maio/2012), após reagir a um assalto, no momento em que passeava de bicicleta na praça Corredor Vera Arruda, bairro Stella Maris.

Segundo informações do 1º BPM, a vítima seguia pelo corredor de bicicleta quando foi abordada por dois homens armados. Ele teria se negado a entregar a bicicleta e foi atingido por tiros nas costas.

José Alfredo não resistiu aos ferimentos e faleceu antes de receber atendimento médico. A bicicleta foi levada pelos criminosos.

No local, moradores da região reclamam do grande número de assaltos, que aumentam com a falta de iluminação da praça.

A violência em Alagoas

O mapa da violência feito pela ONU em 2010 é devastador em relação ao Estado, ele mostra que a violência dispara a cada dia chegando a mais de 60 mortes por 100 mil habitantes. Alagoas é o único lugar do Brasil com este índice.

Enquanto o relatório aponta que nos lugares onde houve diminuição da violência, como é o caso de São Paulo, a participação da prefeitura é fundamental, em Alagoas existe uma transferência de responsabilidades e pouca ação prática para a diminuição destes números.

O discurso do governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho, insiste em dizer que os números foram estabilizados, mas cada relatório divulgado contra a violência, por qualquer instituição, apresenta resultados devastadores e números cada vez mais surpreendentes.