quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Vídeo: Prefeitura de União dos Palmares determina apreensão de mercadorias de feirantes, ação acaba em confusão

Um vídeo mostra a confusão que resultou na apreensão de mercadorias carrinhos de mão, na Feira Livre, situada na Avenida Monsenhor, no Centro do município de União dos Palmares, na Zona da Mata de Alagoas. 

As imagens, feitas por feirantes, mostram uma confusão envolvendo ambulantes e guardas municipais da cidade e o momento em que os produtos são apreendidos

De acordo com uma moradora, que preferiu não se identificar, o prefeito Areski Freitas Júnior, o Kil, ordenou a apreensão dos carrinhos de mão que circulavam de maneira irregular no entorno da feira. Houve confusão entre feirantes e guardas municipais, e inclusive, uma feirante reagiu e agrediu os agentes. "Os guardas empurraram uma mulher do carro de mão de verduras e apreenderam diversos carrinhos", relatou.


A assessoria de comunicação de União dos Palmares, que informou que o tumulto registrado na localidade foi um caso isolado. Segundo o secretário de comunicação do município, Hermes Marques, em abril do ano passado, houve um acordo entre feirantes e secretarias onde ficou acordado que feirantes não podiam comercializar produtos nas ruas, devido à desorganização do tráfego e por questões de segurança.
Além disso, o secretário informou que a prefeitura definiu barracas para os ambulantes no entorno da feira e realizou o cadastro para que pudessem comercializar produtos de maneira regular. É de Hermes Marques a informação que na ação de hoje, os guardas municipais foram às ruas, averiguar o acordo, que infelizmente, foi não foi cumprido por dois vendedores cadastrados e que tinham barracas na feira. Ainda segundo o secretário, ambos feirantes foram flagrados comercializando produtos em carrinhos de mãos, o que não era permitido.
NOTA DE ESCLARECIMENTO 
Referente ao episódio recente da feira livre, a Prefeitura de União dos Palmares esclarece que a regulamentação municipal estabelece que a comercialização de frutas e verduras ocorra em bancas, e não em carrinhos de mão, tendo em vista que os próprios feirantes que seguem as normas corretamente fazem reclamações dos carrinhos, já que, a circulação destes, dificulta a venda destes feirantes. Além de que os preços que são aderidos pelos carrinhos são menores aos aderidos nas bancas, causando prejuízos para estes feirantes. Ainda assim, alguns donos de bancas desrespeitam a regulamentação e colocam os carrinhos para comercializar, prejudicando a concorrência justa entre os feirantes. 
A senhora envolvida no caso em questão possui duas bancas e, ainda assim, coloca carrinhos para circularem, todos de sua propriedade, fato que causou insatisfação na maioria dos feirantes, que procuram a coordenação da feira com queixas a respeito da conduta da mesma com os seus carrinhos. A mesma já vem sendo alertada há meses sobre a circulação irregular dos seus carrinhos e não foi proibida de nenhuma forma de vender os seus produtos, apenas orientada a cumprir a regulamentação, vendendo em sua banca, assim como os demais feirantes. 
Enfatizando que, não há proibição nenhuma de que qualquer produto que seja comercializado na feira de União dos Palmares, desde que obedeça a regulamentação e organização da feira livre. 
A Prefeitura também deixa claro que repudia qualquer forma de violência e que o episódio citado acima teve abordagem realizada da forma correta. Na situação, os guardas municipais apenas se defenderam do comportamento agressivo da senhora, que, proferiu palavras ofensivas e usou da força física com os guardas. Mas em nenhum momento houve algum tipo de agressão à mesma, que, neste momento, responde queixa na delegacia.
Assista ao Vídeo:

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Após 20 anos, inquérito que acusava o deputado Chico Tenório de matar policial, é arquivado

Os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 5ª Região decidiram arquivar inquérito policial em que o deputado estadual Francisco Tenório (PMN) é acusado de matar o policial rodoviário federal Marcos Antônio Leite Magalhães, em 5 de outubro de 1997.

20 anos após o crime, o parlamentar sequer foi denunciado pelo assassinato.

“Conquanto os fatos em apuração sejam extremamente graves e inexista dúvida sobre a materialidade, até o presente momento não foram colhidas provas suficientes para o oferecimento de uma denúncia em desfavor do investigado JOSÉ FRANCISCO CERQUEIRA TENÓRIO que, durante todo esse tempo, sequer foi ouvido”, mostra despacho da Procuradoria Regional da República da 5ª Região, recomendando o arquivamento do inquérito.

O que sustentava a denúncia contra Chico Tenório era o depoimento do ex-tenente-coronel Manoel Francisco Cavalcante. Na Justiça, o ex-líder da Gangue Fardada- hoje em liberdade- disse que quando estava no posto de tenente-coronel, no comando do 7º Batalhão da PM, na cidade de Maragogi “tomou conhecimento de que teria havido um atrito na BR, na proximidade do Posto da Polícia Rodoviária Federal em Maceió/AL, face a uma abordagem do PRF MARCOS ANTÔNIO LEITE GUIMARÃES quando pediu a documentação pertencente a NATALÍCIO JÚNIOR, conhecido como JÚNIOR TENÓRIO, e que agora sabe se chamar NATALÍCIO MENDES DOS SANTOS; QUE, essa pessoa disse ao patrulheiro rodoviário que era primo do deputado CHICO TENÓRIO, então deputado estadual, quando MARCOS ANTÔNIO disse que não interessava tal conhecimento; QUE, MARCO ANTÔNIO chateado com a situação comunicou o fato a CHICO TENÓRIO e daí foi providenciado o homicídio; QUE o responsável direto pelo homicídio foi JÚNIOR TENÓRIO”.

Júnior Tenório foi impronunciado por insuficiência de provas pela 7ª Vara Criminal. “Embora essa decisão não faça coisa julgada material, o processo tramitou integralmente em juízo absolutamente incompetente”, escreve a PGR 5ª Região.


Em 25 de julho do ano passado, o procurador-Geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça, requereu que o desembargador José Carlos Malta Marques, do Tribunal de Justiça, declinasse a competência para julgar e remetesse os autos deste inquérito ao TRF5. Gaspar entendeu que era competência do TRF5 decidir se acatava entendimento do MPE e autorizava investigação, por parte da Polícia Civil, contra o deputado estadual, por homicídio qualificado.

Quem será que lucra com o reinado da impunidade em Alagoas?

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Durante a folga, Comandante geral da PM/AL tem carro oficial da SSP levado em assalto enquanto lanchava

O comandante geral da Policia Militar, coronel Marcos Sampaio, foi vítima de assalto na noite de terça-feira de carnaval (13/02/2018), no bairro do Trapiche da Barra, em Maceió. Uma caminhonete Amaroc branca da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SPP/AL) que estava sendo utilizada por ele foi levada.

Em entrevista, o comandante disse que o assalto aconteceu em uma lanchonete, na rua do Hospital Geral do Estado (HGE), por volta das 23h, no bairro do Trapiche da Barra.

“Eu fui fazer um lanche, com meus filhos. Um homem armado entrou na lanchonete e anunciou o assalto. Roubou os pertences de quem estava no local. Levaram o celular do meu filho e o veículo”, relatou o coronel.
Ele informou ainda que a caminhonete não estava identificada como veículo da polícia. “Era descaracterizada, não tinha plotagem”.

Sampaio explicou ainda que não reagiu ao assalto por segurança. “Não reagi, porque não se deve reagir a assaltos. É essa a orientação que passamos à população".

Logo depois do assalto, a ocorrência foi comunicada à Polícia Militar e um alerta geral foi emitido para tentar recuperar o carro. Ninguém foi preso.

O Comandante só não explicou porque MESMO DE FOLGA, em plena terça-feira de carnaval, às 23h, estava passeando, utilizando um veículo oficial de uso exclusivo em serviço da SSP/AL . O lanchinho do comandante com seus filhos foi interrompido pela violência urbana e institucional que é bem comum em Alagoas.

O veículo foi encontrado abandonado na manhã da quarta-feira de cinzas (14/02/2018), no bairro do Cima Bom com a lataria arranhada e os retrovisores arrancados.