sexta-feira, 16 de março de 2018

Absurdo: Casal é torturado, assassinado e corpos são queimados em Campo Alegre/Alagoas


A Polícia Civil de Alagoas conseguiu esclarecer a morte do casal José Alberto Alves, 47 anos, conhecido como “Chacal”, e Quitéria Mendes dos Santos, que tiveram os corpos encontrados, em 26 de agosto do ano passado, dentro de um automóvel incendiado, próximo à usina Porto Rico, em Campo Alegre, município dos agreste alagoano distante 119KM da capital Maceió. O crime foi investigado pelos delegados Fábio Costa, gerente de Polícia Judiciária da Região 3 (DPJ3), e Alexandre César, titular da distrital de Campo Alegre.

Em operação desencadeada esta semana, que teve também a participação do delegado regional de São Miguel dos Campos, Nilson Alcântara, três suspeitos do crime foram presos: José Alisson do Nascimento, conhecido como “Tuta”, o vigilante Cícero Lúcio da Silva, o “Nem”, e Sérgio Batista dos Santos, conhecido como “Caçador”. A polícia investiga a participação de outros envolvidos no crime.

Os detalhes do duplo-homicídio foram revelados no próprio interrogatório de “Tuta”, que confessou a autoria e apontou a participação dos demais envolvidos.

Segundo ele, o motivo do assassinato foi uma dívida que tinha com o empresário. “Chacal” cobrava o pagamento com insistência e, por isso, planejou o crime, combinando um encontro com a vítima em um posto de combustível às margens da rodovia BR-101, para supostamente fazer o citado pagamento.

Ele diz que o vigilante do posto conhecido como “Nem” sabia que o crime seria executado, inclusive dissera que não iria ter ninguém no local naquele horário para servir como testemunha.

O empresário chegou ao posto, por volta das 21h, em seu carro – um Fiat Palio, cor vermelha, placa OHJ-9657/AL, em companhia da esposa. Tão logo José Alberto cobrou a dívida, foi atingido com três disparos, morrendo instantes depois.

O corpo da vítima foi colocado na mala do automóvel e a esposa Quitéria foi levada para um canavial, no mesmo veículo, onde foi torturada para forçá-la a dizer onde estavam os bens do casal. Perto de meia-noite, voltaram para a cidade, tendo levado joias e dinheiro da casa do casal.

Em seguida, retornaram ao canavial, e a mulher foi morta e colocada dentro do Palio, onde já estava o corpo do empresário. O carro foi então queimado, junto com os corpos das vítimas.
A polícia descobriu que “Tuta” já foi preso em 2012, por porte ilegal de arma de fogo, e investiga a participação dele em outros crimes.

A polícia descobriu que “Tuta” já foi preso em 2012, por porte ilegal de arma de fogo, e investiga a participação dele em outros crimes.

Fonte: Ascom PC/AL/Alagoas 24 horas - http://www.alagoas24horas.com.br/1138474/policia-divulga-identidade-e-detalhes-do-assassinato-de-casal-encontrado-carbonizado/

terça-feira, 6 de março de 2018

Vídeos: Agressões policiais e protestos em Alagoas marcam audiência que discute privatização da Eletrobras na ESMAL


O auditório da Escola Superior de Magistratura de Alagoas (Esmal), no bairro do Farol, virou palco de uma confusão generalizada que acabou em pancadaria na manhã desta terça-feira (06/março/2018). O tumulto se deu antes mesmo da audiência pública que discute a privatização da Eletrobras Distribuição Alagoas.
Logo no início da manhã, um forte aparato policial estava montado para garantir a segurança das pessoas que iriam participar da audiência. O trânsito na Rua Cônego Machado ficou congestionado em virtude da interdição na rua que dá acesso à uma unidade de ensino superior. 

Apesar da operação montada, o público que compareceu à audiência não poupou esforços para mostrar revolta em meio à possível privatização da concessionária de energia elétrica em Alagoas.  


Bastante intenso, o protesto começou na Cônego Machado, onde trabalhadores, líderes sindicais, estudantes e outros membros da sociedade civil seguram faixas, fazem apitaços e gritos de ordem. 
Nas dependências do auditório, o cenário é ainda mais tenso: a grade que foi colocada para impedir o público de chegar ao palco foi arrancada. Além disso, gritaria, empurra-empurra e bolinhas de papel, copos e sapatos sendo jogados em direção ao palco, onde estão os representantes do governo federal, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDEs) e da Eletrobras. 
Apesar do protesto, a audiência teve início com a tentativa de se discutir o assunto em pauta. Inclusive, os manifestantes foram informados de que o evento poderia ocorrer sem a participação do público.

Logo após a confusão, os trabalhadores e líderes sindicais decidiram se pronunciar e combinam fazer um movimento do lado de fora da Esmal.

O representante do Sindicato dos Urbanitários de Alagoas, José Cícero, lamentou a presença do grande aparato de segurança antes e durante a audiência. "Pegaram o efetivo do estado para tratar o trabalhador com truculência e isto é inadmissível em um ambiente de democracia", afirmou.
Lidiane Gonçalves estava na audiência em nome do BNDES. Ela confirmou que, apesar do tumulto, "a conversa com a sociedade aconteceu". "Faz parte do processo de desestatização a discussão com a sociedade e isto efetivamente aconteceu", avalia.

Já o representante do Ministério de Minas e Energia, Ricardo Brandão, informou que a intenção do governo federal era apresentar as informações do processo de privatização e o objetivo, segundo ele, foi concretizado. 
"Infelizmente, isto aconteceu com um grande tumulto, mas conseguimos vencer os ritos do processo e a audiência aconteceu com sucesso", comentou.




Fonte: Gazeta Web - http://gazetaweb.globo.com/portal/noticia/2018/03/_50464.php