Foi o que já constatou a própria Polícia Federal com base nos dados oficiais encaminhados pelo TC.
Em ofício datado de 20 de outubro do ano passado, logo após a Operação Rodoleiro, a PF solicitou um conjunto de documentos ao presidente da corte, Luiz Eustáquio Toledo, incluindo a folha de ponto dos servidores “no período compreendido entre janeiro de 2007 e dezembro de2010”.
É claro: o texto pede também dados precisos sobre todo o pessoal do TC, desde a nomeação, com publicação no Diário Oficial, fichas financeiras etc.
Conclusão: os 300 “fantasminhas” nada camaradas embolsam, sem trabalhar, a fabulosa quantia de R$ 1 milhão.
Os perfis dos personagens do outro mundo – porque neste em que pisamos eles não são vistos (pelo menos no TC) – são os de sempre: políticos aposentados; filhos, noras e mulheres de deputados, vereadores e assemelhados; cabos eleitorais; e até gente que mora fora do estado de Alagoas.
Eles representam metade do quadro efetivo do Tribunal de Contas.
Como conseguem burlar a lei?
Simples como água: estão lotados nos gabinetes dos conselheiros, onde não precisam bater ponto nem prestar contas a ninguém.
Detalhe: só em um gabinete – o blog não teve acesso ao nome do conselheiro – estão “lotados” nada menos do que quarenta seres invisíveis.
Para piorar a situação – revoltante para os servidores que são obrigados a comparecer ao TC, bater ponto e trabalhar -, o recadastramento feito por determinação do presidente Luiz Eustáquio Toledo chegou à mesma conclusão.
Nada foi feito até agora.
Ou seja: o controle externo do TC dever caber mesmo à PF.
E haja Rodoleiro!
Fonte: Blog do Ricardo Mota
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