domingo, 5 de outubro de 2008

Ostentação de riqueza: candidatos a vereador por Maceió declaram seus bens

Para alguns, a vitória numa eleição não se restringe às propostas. Dinheiro é preciso para que estas promessas cheguem à boca do eleitor, sobretudo quando o candidato não dispõe do espaço desejado no rádio e TV, dentro do guia eleitoral. Como, somente em Maceió, são quase 300 candidatos a vereador, o eleitor mais curioso deve se perguntar: “Será que estarei votando em alguém realmente comprometido com o desenvolvimento de minha cidade, ou em alguém preocupado em fazer do cargo um único e ‘eterno’ meio de sobrevivência?”. Já com relação aos vereadores de Maceió – alguns outros municípios também se destacam pela quantidade de candidatos, como: Paripueira com 72 candidatos, São José da Tapera 84 candidatos e, Palmeira dos Índios, que, apesar de mais desenvolvida do que os dois primeiros, tem ‘apenas’ 33 candidatos–, as disparidades não ficam por menos. Alguns declaram que perderam em patrimônio, como é o caso do candidato a deputado estadual em 2006, Jorge VI (PSC), e atual candidato a vereador por Maceió – a queda foi de R$ 5o9 mil, passando para R$ 417.962,23 em bens no corrente ano. Mas a maioria dos casos aponta enriquecimento. Enquanto o ex-deputado estadual Luiz Pedro (PMN) – é acusado de crimes de pistolagem, está preso e responde por crimes de Homicídio Doloso, Ocultação de Cadáver, Seqüestro e Formação de Quadrilhadeclarou R$ 70 mil em bens. O estudante e também candidato a vereador pela capital, Netinho Barros (PSC) – filho do deputado estadual Gilvan Barros (PMN) –, declarou R$ 709 mil. Ele afirmou ao Tribunal possuir terras na Fazenda Arrozal, no estado do Tocantins, avaliada em R$ 300 mil, além de outros R$ 300 mil em cabeças de gado. Na disputa por uma vaga na Câmara de Vereadores da capital, o campeão é o atual presidente, Arnaldo Fontan (DEM), com R$ 956.609,61 declarados. Seu maior patrimônio é uma casa no Murilópolis, no valor de R$ 177 mil. Logo em seguida aparece o vereador e candidato à reeleição, George Sanguinetti (PV), com R$ 720.006,00. Já o vereador Chico Holanda (PP), declarou R$ 720 mil. Completando a lista dos mais ricos, Marcelo Malta (PCdoB) declarou ter R$ 711.489,31 em bens no seu nome. O vereador Paulo Corintho, que na época do governo Ronaldo Lessa, foi acusado de compra de votos e mesmo assim ganhou posto de secretário de governo; é o quinto colocado na Câmara, com quase R$ 440 mil. O que menos declarou foi o vereador Diogo Gaia, com R$ 99 mil. Já a vereadora Tereza Nelma (PSB), que, em 2006, concorreu a uma vaga no Legislativo Estadual declarando não possuir bens, elevou seu patrimônio a R$ 120 mil em dois anos, conforme declaração ao TSE. Outro caso que suscita questionamento é o jogador do CRB e candidato a vereador Júnior Amorim (PTdoB): ele disse não ter bens a declarar em seu nome, apesar de receber em torno de R$ 10 mil mensais como salário no clube alagoano. .

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