sexta-feira, 18 de maio de 2018

Estado de Alagoas tem a maior taxa de analfabetismo do Brasil


Com 18,2% de pessoas que não sabem ler e escrever em Alagoas no ano de 2017, o Estado se torna o maior com taxa de analfabetismo no país. A percentagem representa 474 mil alagoanos analfabetos. Os dados foram divulgados, nesta sexta-feira (18), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) obtidos através da pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

A estatística deixa Alagoas à frente de Maranhão (16,7%) e Piauí (16,7%) que também chamam a atenção pelas taxas elevadas. 
Em Pernambuco, a taxa de analfabetismo é quase o dobro da média nacional, com 13,4% em 2017 (1 milhão de pernambucanos não sabem ler e escrever). O maior contingente de analfabetos está na Bahia (1,524 milhão de pessoas), onde a taxa de analfabetismo ficou em 12,7%. 
Entre 2016 e 2017, a taxa de analfabetismo no país entre pessoas com 15 anos ou mais de idade foi estimada em 7%, uma queda de 0,2 ponto percentual em relação aos 7,2% da taxa registrada em 2016, o equivalente a menos 300 mil pessoas. Apesar da queda, o país registrava em 2017, 11,5 milhões de analfabetos.
Mesmo com a redução de 0,2 ponto percentual na taxa de analfabetismo, o país não atingiu a meta do Programa Nacional de Educação (PNE), cujo objetivo é alcançar uma taxa de 6,5% em 2015. O destaque ficou com as regiões Centro-Oeste (5,2%), Sudeste e Sul (ambas com 3,5%) que já estam abaixo dessa meta. Nas regiões Nordeste (14,5%) e o Norte (8%), no entanto, o percentual encontra-se bem acima da meta intermediária do PNE.
Para a analista do IBGE Marina Aguas, responsável pela pesquisa, “atingir as metas do PNE vai depender muito das medidas e politicas a serem adotadas e da questão demográfica: o fator demográfico é de grande importância nesta questão e ele é maior entre as pessoas mais velhas. Alcançar ou não a meta fixada pelo PNE para 2024 vai depender muito das políticas públicas adotadas.”
A pesquisa constatou existência de relação direta do analfabetismo com a idade. Segundo o IBGE, “o caráter estrutural desse indicador, ou seja, a taxa de analfabetismo, mesmo em queda, persiste mais alta para as idades mais avançadas. Em 2017, entre as pessoas com 60 anos ou mais, a taxa foi 19,3%, 1,1 ponto percentual menor do que em 2016 (20,4%).
Na Região Nordeste, 38,6% da população de 60 anos ou mais não sabia ler ou escrever um bilhete simples quatro vezes maior que a taxa do Sudeste para o mesmo grupo etário, 10,6% em 2017.
Para a analista do IBGE, os dados mostram que o país tem avançado em termos educacionais, mas persistem algumas desigualdades, principalmente do ponto de vista regional.
“Os dados da Pnad 2017 mostram que o Brasil tem avançado em termos educacionais, tanto do ponto de vista do aumento do número médio de anos de estudos, como do percentual das pessoas que completaram pelo menos a etapa básica do ensino. Mas também, ao mesmo tempo, mostra que existe um atraso em relação a idade e a etapa que as crianças que se encontram na escola deveriam estar idealmente cursando".
Ao tomar conhecimento dos dados, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) emitiu uma nota à imprensa no início da tarde de hoje e reitera que o governo segue em combate ao analfabetismo.

Fonte: TNH1 - 

PF prende Advogado alagoano, seu pai é fazendeiro que forjou a própria morte

O fazendeiro Radjalma Tenório (à esquerda) é pai do Advogado Antônio Pimentel (à direita) preso pela PF
O advogado alagoano Antônio Pimentel Cavalcante, preso pela Polícia Federal na última quarta-feira (16/05/2018), no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, é filho do fazendeiro Radjalma Tenório Cavalcante, que foi preso em 2016, acusado de matar seu próprio vaqueiro e forjar a própria morte.

Radjalma teria usado o corpo do vaqueiro de sua fazenda, identificado na época como Jô, encontrado carbonizado na AL-101 Sul, para receber seguro de vida de aproximadamente R$ 500 mil. O crime aconteceu em 1998.

Em agosto de 2016, o fazendeiro foi preso em sua residência, no bairro de Ponta Verde. Na ocasião, Radjalma estava com mandado de prisão em aberto, mas nesse período, conseguiu abrir empresas e contas, e os cheques foram utilizados pelo filho, que é acusado de estelionato e fraude por pagamento em cheques.

A prisão do advogado

O advogado Antônio Pimentel Cavalcante foi preso na quarta (16), no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Ele foi transferido para Maceió e conduzido à sede da Polícia Federal, em Jaraguá, na tarde de ontem, onde prestou depoimento. Como o processo ocorre em segredo de justiça, o motivo da prisão do advogado não foi divulgado.

O procurador adjunto da Comissão de Prerrogativas do Advogado da OAB de Alagoas,  Lucas Moura, esteve presente no local e acompanhou os procedimentos envolvendo o suspeito. 

"O Antônio entrou em contato com a procuradoria da OAB e nos passou a situação. Ele disse que a ação foi em cumprimento de um mandado de prisão expedido pela 4ª Vara Federal de Alagoas. Vamos acompanhar a situação", disse em entrevista.

O advogado deve ser encaminhado a uma cela especial no complexo prisional militar, que fica no Sistema Prisional de Alagoas.

Fonte: TNH1 - 

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Compareça ao grande Debate: "A Justiça que queremos", dias 24 e 25/maio em Alagoas



Movimentos populares, organizações sociais, sindicatos e redes de defesa dos direitos humanos realizam, nos dias 24 e 25 de maio, em Maceió (AL), um conjunto de mobilizações e formações na capital alagoana sobre a relação entre justiça e direitos humanos. Com o lema “A justiça que queremos! Organizações populares denunciam a captura do judiciário e reivindicam uma justiça democrática”, as atividades são um contraponto ao XXIII Congresso da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), realizado no mesmo período e local.



Embora o anúncio do Congresso seja da presença de “significativos nomes do Direito, do Poder Judiciário e da sociedade civil”, a atividade conta com, quase exclusivamente, a participação de parlamentares de partidos conservadores, representantes de setores econômicos e juristas. A atividade é patrocinada pelo governo federal e empresas, entre elas a Qualicorp, corporação do setor de saúde que responde por diversas ações judiciais e é financiadora de campanhas eleitorais.



Em face das decisões do Sistema de Justiça que criminaliza defensoras(es) de direitos humanos e movimentos populares, e diante da estreita relação entre empresas e Poder

Judiciário, os movimentos realizam atividades para denunciar a captura corporativa e debater sobre a democratização deste Poder e a existência de um sistema de justiça orientado pela transparência e defesa dos direitos humanos.



AS ATIVIDADES SÃO ABERTAS À POPULAÇÃO.
ANOTE AS AGENDAS:

24/05 QUINTA-FEIRA

9h: Coletiva de imprensa no Sindicato dos Jornalistas de Alagoas. End: Rua Sargento Jayme Pantaleão, 370 – Prado)

14h: Ato de rua: A sociedade fala que Justiça temos e queremos. Ato de dialogo dos movimentos e sindicatos com a população. 
End: Rua Dois de Dezembro, em frente ao antigo Produban - Centro.

19h: Debate sobre Judiciário e Ameaças à democracia. Lançamento de pesquisa Porteiro ou Guardião? O Supremo Tribunal Federal na agenda política das organizações de direito
End: Sindicato dos Bancários de Alagoas. R. Barão de Ataláia, 50 – Centro.

25/05 SEXTA-FEIRA

9h: Debate Mecanismos populares de controle do sistema de justiça
End: Universidade Federal de Alagoas (UFAL).

14h: Debate A relação entre os direitos humanos das mulheres e o Sistema de Justiça
End: Centro de Defesa dos Direitos das Mulheres (Conjunto Santos Dumond)


Para mais informações: contatojusdh@gmail.com


Realização: 

Articulação Justiça e Direitos Humanos (JusDh), Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Alagoas (Sindjornal), Sindicato dos Bancários de Alagoas, Centro de Defesa dos Direitos das Mulheres, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Frente Brasil Popular, Sindicato dos Trabalhadores Em Saúde, Trabalho e Previdência Social de Alagoas (Sindiprev), Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares/Alagoas (Renap), Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político, Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Central Unica dos Trabalhadores (CUT/AL), Federação dos Trabalhadores na Agricultura - Alagoas, Marcha Mundial de Mulheres, Coordenação Nacional das Comunidades Quilombolas do Brasil (Conaq), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Fundação Friedrich Ebert .