O auditório da Escola Superior de Magistratura de Alagoas (Esmal), no bairro do Farol, virou palco de uma confusão generalizada que acabou em pancadaria na manhã desta terça-feira (06/março/2018). O tumulto se deu antes mesmo da audiência pública que discute a privatização da Eletrobras Distribuição Alagoas.
Logo
no início da manhã, um forte aparato policial estava montado para garantir a
segurança das pessoas que iriam participar da audiência. O trânsito na Rua
Cônego Machado ficou congestionado em virtude da interdição na rua que dá
acesso à uma unidade de ensino superior.
Apesar da operação montada, o público que compareceu à audiência não poupou esforços para mostrar revolta em meio à possível privatização da concessionária de energia elétrica em Alagoas.
Apesar da operação montada, o público que compareceu à audiência não poupou esforços para mostrar revolta em meio à possível privatização da concessionária de energia elétrica em Alagoas.
Bastante
intenso, o protesto começou na Cônego Machado, onde trabalhadores, líderes
sindicais, estudantes e outros membros da sociedade civil seguram faixas, fazem
apitaços e gritos de ordem.
Nas
dependências do auditório, o cenário é ainda mais tenso: a grade que foi
colocada para impedir o público de chegar ao palco foi arrancada. Além disso,
gritaria, empurra-empurra e bolinhas de papel, copos e sapatos sendo jogados em
direção ao palco, onde estão os representantes do governo federal, do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDEs) e da Eletrobras.
Apesar
do protesto, a audiência teve início com a tentativa de se discutir o assunto
em pauta. Inclusive, os manifestantes foram informados de que o evento poderia
ocorrer sem a participação do público.
Logo após a confusão, os trabalhadores e líderes sindicais decidiram
se pronunciar e combinam fazer um movimento do lado de fora da Esmal.
O representante do Sindicato dos Urbanitários de Alagoas, José
Cícero, lamentou a presença do grande aparato de segurança antes e durante a
audiência. "Pegaram o efetivo do estado para tratar o trabalhador com truculência
e isto é inadmissível em um ambiente de democracia", afirmou.
Lidiane
Gonçalves estava na audiência em nome do BNDES. Ela confirmou que, apesar do
tumulto, "a conversa com a sociedade aconteceu". "Faz parte do
processo de desestatização a discussão com a sociedade e isto efetivamente
aconteceu", avalia.
Já o representante do Ministério de Minas e Energia, Ricardo
Brandão, informou que a intenção do governo federal era apresentar as
informações do processo de privatização e o objetivo, segundo ele, foi
concretizado.
"Infelizmente,
isto aconteceu com um grande tumulto, mas conseguimos vencer os ritos do
processo e a audiência aconteceu com sucesso", comentou.Fonte: Gazeta Web - http://gazetaweb.globo.com/portal/noticia/2018/03/_50464.php
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